Tornar seca a pele debaixo do chuveiro quente, agora na luz forte - mas que ironia! que esse banheiro sempre foi escuro. Chamar o pai, me leva no shopping!, na casa da Nani!, me leva pra escola hoje por favor que eu 'tô cansada?, almoçar na casa da vó e voltar discutindo - a noite é quase madrugada pela cor, a barriga vai lotada e não se consegue adiar mais o percurso pela João Dias, mas se quer conversar e conversar.
A verdade é que quatro quilômetros pra cá ou pra lá não muda a distância quase. Muda o bairro, muda a facilidade, mas é tão pertinho; muda a vida, a casa, a rotina, a facilidade, mas é logo ali; muda que tem que esperar elevador e andar até o ponto, muda que tem clube, piscina, que o quarto é menor. Não importa: muda.
Uma saudosista cheia de oportunidades a longo prazo, mas que dispensa todas elas e cimenta a mente. A isso me resumo.
Adorei esse!!!!! Especialmente porque eu consigo te enxergar nesse poema! Ele é bem descritivo e as imagens que ele evoca vão logo pra nossa mente.
ResponderExcluirE bem verdadeiro...
ResponderExcluirObrigada, Ka! :D