no entanto, dispensarei qualquer bela foto de pôr-do-sol
Vou escrever só porque era ele
porque era eu:
Ou nem nada disso e sim porque
eu era ele era eu
pois só peguei no lápis mesmo
quando era só eu eu eu eu
Lábios óbvios: terei talvez
Olhos órbitas: de vez em quando
Braços omni: me contento do roubo
Sei que há nuvem mais alta e quero
deixe vir platão mas que vá embora logo:
quero me enganar só mais um pouquinho.
Por favor, só mais cinco minutos
Prometo que há lábios, olhos e braços
desses, sério!, de carne, te digo
prometo-lhes esse domingo,
essa segunda, essa terça
essa quinta e se vai
Da obviedade do reflexo do espelho, me consolo:
"é tudo sempre impressão, moça"
E do cara que pouco se importa, um conselho:
"saia da sua mente, moça, antes que seja tarde"
-
I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost in the sounds I hear in my mind
[R. Spektor]
Por favor, só mais cinco minutos te lendo.
ResponderExcluir=*
Adorei esse. Foi inspirado pela música cujos versos estão no final do post??
ResponderExcluirTambém, Ka :)
ResponderExcluir"E se não tivesse essa o amor? e se não tivesse essa dor? e se não tivesse o sofrer? e se não tivesse o chorar? melhor era tudo se acabar!" - Vinicius de Moraes
ResponderExcluirExcelente poema, o colocar do trecho da Regina Spektor lá dá um tom claríssimo e muito bem vindo pro texto. Gostei bastante.
Carinho é só uma dor bem de levinho. :)
ExcluirTu gosta de Regina Spektor, Felipe? É genial!
Conheço pouquíssimo dela. Conheci ela por causa do 500 Dias com Ela. Vendo que a sua pessoa me indicou Los Hermanos e ando viciado nos caras, vou começar a ouvir Regina Spektor mais vezes. ;)
ExcluirOba! Acho ela muito visceral e verdadeira. :)
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