o cotidiano, a humanidade, a fácil, a falsa palavra
a poesia profana se deixa fazer
Que é a poesia que ergue as sobrancelhas,
derrama um sorriso paternal e diz cheia da razão
que a vida não é boa e ninguém é feliz
e que termina por comemorar a melancolia.
Filha da puta enganosa!
Bonita a foto da família (tons de sépia, uns tios mortos)
os abraços partidos lembrados (tons de sépia, uns tios mortos)
aquela nossa música (tons de sépia, uns tios mortos)
Brindemos à nostalgia!
Filha da puta enganosa!
As lembranças que montam o passado
são dum quebra-cabeças quebrado
que brada contra o cotidiano de hoje
romantizando o cotidiano de ontem
Filha da puta enganosa!
Quero mais é que venha a moça,
traga seu sorriso dor-de-rosa
me crave os espinhos e roce suas pétalas
e erga suas folhas num abraço
E que fique pro futuro, mas senão... (Filha da puta enganosa!)
...que pelo menos, presenteie-me com o presente
vindo dentro duma caixinha e tal
com uma mensagem visceral
que é pra eu não esquecer nunca mais
porque, também né?, ninguém é de ferro!
AÊ! Saudades de ler seus textos. :)
ResponderExcluirPreciso voltar, né Ka?
ExcluirJá voltou! :))
ResponderExcluirFantástico, como sempre :)
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