Rasga as vias aéreas o ar preto
Topa em todas as ranhuras e doi
Não tem água em São Paulo
e meus olhos tampouco chovem.
O céu faz-se azul de ironia
Não desagua e nem assim pretende
Ficamos cá esperando molhar
Vamo, chove! Chove!
Não importa a cor comprada:
todos os carros são marrons
as pessoas se ressecaram
e a garoa bairrista não veio.
Desfacelam-se os amores urbanos
Sem saliva sexo suor sinapse
olhos secos, a garganta sussurra
Chove, chove, vai, chove!
Venha a chuva do céu depressa
lavar-nos das histórias antigas
tirar-nos as crostas das distrações
fazendo ver claro o que é de se ver.
Tá fazendo calor em Sampa, Mari??? Que novidade é essa? :p
ResponderExcluirÓtimo texto! Estava com saudades de vir aqui! :)
obrigado pela poesia...Mari uma dica...nunca corra da e nem da chuva.
ResponderExcluirretifico acima..nunca corra na e nem da chuva....
ResponderExcluirna e nem da :)
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