Quando nasci, um anjo torto,
encarregado, pelos céus, de mim
não se ocupou em descer à terra
Fui privada, por negligência,
de saber eu seria gauche
ou se eu nem viria a ser
Cada casa é um inquérito
E a tarde ri de mim azulíssima
ainda que eu nada queira de nada
Estou no bonde cheio de pernas
Pra que tanta perna e tanto bonde
se elas não vão a lugar algum
Meu Deus, por que me abandonaste
pergunta o meu coração
porém meus olhos não perguntam nada
Poema forte, Mari. Parabéns!
ResponderExcluirSempre linda!!!
ResponderExcluirBeijos
Sempre linda!!!
ResponderExcluirBeijos