A ficção que existe em mim
em diálogos internos se interpelando
surgem, repetem, sem fim
cá dentro, seguem como mando.
Contemplo tua face-realidade,
matéria-prima do meu eterno pensar
e jogo fora pra viver mais tarde,
por ser findo, o que posso tocar.
É um lugar que visito todo dia
e imaginá-lo me faz menos rasa.
Cercando-me do que eu própria conceberia,
volto a ela como quem volta pra casa.
Se acredito na fantasia? Não creio.
No plano dos olhos, com prova, não está
Se aceito sua existência e devaneio
é porque só viver é se matar.
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