Mandara uma carta a seu avô, orgulhosíssimo pelo feito. Escrevera cautelosamente, selecionando palavras. Seu avô morava longe, ele não sabia exatamente onde, mas era longe.
Levou a carta ao correio mais próximo. De peito estufado, levara-a feito um campeão que ostenta sua medalha. Virava cada esquina sorrindo para todos e andava com passos largos e animados. Chegou ao correio, deu a última olhada na carta e colocou-a carinhosamente no buraco da caixa. Como se fosse uma despedida, olhava a caixa, imaginando a carta sendo levada e seu avô a recebendo. Novamente um sorriso veio ao seu rosto e o garoto foi-se ainda muito orgulhoso. Passavam-se dias e o jovem passava horas pensando naquela carta; “Ah, que orgulho”! Aquela carta que escrevera tão cautelosamente, aquela que colocara na caixa do correio como se colocasse um bebê para dormir. Aquela carta chegaria às mãos de seu avô...
Mais dias se passavam e ele ficava a espera da resposta. Às vezes até assustava o carteiro com sua ansiedade, mas era em vão. Semanas se passaram duras e demoradamente e a carta não chegava. E quanto ao “Espero resposta”? Seu avô o deixaria na mão? Até que, finalmente, a tão esperada carta chegou. A ansiedade era tamanha que o garoto sequer olhou o envelope. Desesperadamente o rasgou, ansioso pelo que seu avô escrevera. Mas a surpresa foi outra. A carta era de sua tia, convidando-o para o funeral de seu destinatário.
PS.: Pense num texto antigo.
Nossa, que final triste!!!
ResponderExcluirQueria que se frustrasse junto do menino. :)
ResponderExcluirE conseguiu!!!
ResponderExcluircomo assim que se frustasse junto do menino?
ResponderExcluirenfim, gostei do texto, apesar de não ter entendido o coment.. rsrs
Que você vai esperando a carta junto dele... e quando chega, a frustração dos dois (sua e dele) é a mesma. :)
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