Das mãos que acarinham a flor
as afiadas unhas que ferem a pétala
Com trejeito de loba que aninha,
arranca-a do solo para, então, cuidar
Seiva escorre do caule vivo,
O espinho fere também a mão que mata
Nos dedos, o sangue rosa faz (tanto faz)
tudo o que é natural ser um só.
Obscena obesidade vegetal
destroçada nos fortes dentes de trás
A vida devolvida pelo mordaz
carinho dos dentes da frente.
Porque tentam vorazmente ser um
mútua sombra uma faz à outra
Põem-se mãe que leva no braço forte
Na boca da outra, põem-se mulher
Que texto maduro, Mari! Amei!!! Lindo poema!
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