Ao levantar os olhos à santa imagem
em clamor mudo e desesperado
não se apiede dos vivos,
vagando por aí mesquinhos
chorando suas mazelas pulsantes
suas sanguinolentas batalhas,
deglutindo partes do próprio corpo
mastigando e mastigando
triturando os outros e a si mesmo;
dos vivos que podem sorrir
e, avarentos, não o fazem
ou dos que escolhem morrer
e, avarentos, o fazem
:
se apiede dos mortos,
esquecidos, inventados
e sem direito à ação.
Olha só, Mari, que bonito!!!!
ResponderExcluiruau ! Forte, reflexivo e mais uma vez nos brinda com ineditismo de temas e assuntos que são sua marca. Obrigado
ResponderExcluirOi querida!
ResponderExcluirVocê tem talento mesmo! Fico emocionada com suas produções!
Beijos
Mamãe
Que beleza é a democracia da internet. Bom demais poder achar coisas suas escritas.
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