23 de dezembro de 2011

Uma dessas histórias boy meets girl

Gelada e distante simpatia.
E pra fingir-se mais (idade? - como sempre faz, como sempre fez) desfaz a costura daqueles sonhos que a jovialidade lhe concede e deixa faltar um pedaço
Gelada e distante simpatia
Quase uma foto

Mas mesmo assim, sorriu, sonhou,
contou pra gente risonha e tudo o mais
Houve confusão, mas dessa vez
foi sem choro nem vela

Ficou em casa, mas devia era ter saído
encontrado alguém, encontrado todo mundo
mas só se fosse gente de verdade,
desses tão de verdade que você pode mentalmente espancar ou agarrar porque nunca vão chegar mais longe do que a pele permite...

"Sim, ele sabe pra onde os olhos vão todo fim de tarde.
Sei lá, só sabe." Idiotinha.

E eu sei lá se essa história faz mesmo algum sentido
já que todo mundo diz que é isso mesmo que falta ao amor
Se é amor, tampouco sabem eles dois - que vão dizer?
Sei que a letra dele me fez (como sempre faz, como sempre fez) escrever também
(qual história não é digna de ser pautada?)

e o grande objetivo disso tudo foi me lembrar da poesia de que tanto duvidei, por tanto tempo:

é um enredo tão contente, tão contente!!,
tão de livro, tão bonito,
estranhamente bonito,
tão esperado,
é a mentira que você quer acreditar
pelo bem do final do filme, pelos prêmios a ele dados
ou só porque o ator principal te atrai de todas as formas possíveis,
mas é mentira.
E tão bem contada,
e de forma tão bonita (toques, vejam só)
que, pela lei da celebração da verdade,
pela lei de todos os bons viventes,
aventureiros e anti-poetas,
descontenta.