9 de abril de 2011

Trecho de "Sincronia"

[...]

-Você não é uma qualquer.
-Sou quando ando na rua e os outros me cruzam nas calçadas. [...] Quando pego o ônibus cheio ou leio spams. Sou uma qualquer.
-Impossível ser qualquer pra si mesmo! Para você faria toda a diferença estar a rua ou em casa, escolher ir a pé ou excluir seus e-mails sem ler. Para si é impossível não importar uma vez que você é o observador. Ou mesmo para os outros: experimente sorrir para alguém qualquer na rua e verá como a pessoa toma forma ao te adentrar.
-Quem está aí? Quem diz isso?
-Eu digo.
-Fico feliz.
-E você? Quem fala aí?
-Eu me adentro e me invado. Quem fala sou eu e eu sou quem fala.
-Isso é mais do que se você me sorrisse na rua.

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