12 de setembro de 2012

Ode à dureza


O lugar do que conto é o tempo
são ponteiros as paredes da existência.
É porque já, pra vida, sempre pudor
e pra outras coisas, reserva-se cor e tamanho.
De cá onde eu caibo, a fuga,
a procura por dias menos metrados,
por sublimes momentos só de carinho
e pela súbita e natural separação.

Cansei de justificar meu pisar,
o arrazoado me leva cada vez mais longe.

Serpenteio, então, no meio da rigidez
centrada e sensível, apesar da fadiga
por ser contrária à regra desse lugar
e viver do que eles chamam de morte,
feneço entre o ceder e a descrença
incerta como, no desenho, um rabisco;
me olham as frestas nas quais ajo,
e porque elas ternas, eu sem remorso.

PS.: Sei lá, texto bosta feito pra aula de português, mas só pra não dizer que não postei no blogzinho uhu

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