11 de outubro de 2011

Teoria do "onde"

Fora de qualquer cômodo, dentre um hábitos considerado saudável e outro, ela sentou e escreveu assim:
"O reflexo interno de qualquer lugar inédito é vivo, mas, por ser de condição impressiva, já possui um agente. O agente é vivo, mas não tanto quanto o espaço que o rodeia: eis o sublime. Por algum modo natural de equilíbrio, o agente termina revigorado num ambiente familiar. Quem é humano e retorna, racionaliza a saudade do seu velho-eu e se vê ali também nos danos, na falta, na morte, na rachadura que fez ao tentar pôr um quadro na parede. Um sentimento o atinge em todos os lugares do corpo: queria ser menor, como era quando chegou ali; abriria mão das experiências pelo prazer de revivê-las. Era agridoce. A nostalgia que um ambiente causa é a saudade de ser o que se era somada à lástima da morte causada ao lugar."
E sobre as coisas não sabidas disse isso:
"Antes da chegada do agente, já havia manchas em todo lugar. Pela lei do tempo, virá uma nova pessoa que terá a rachadura do quadro como revitalizante e, então, todas as paredes cairão por ação de alguém. E outro alguém, mais tarde e depois de fazê-lo, lastimará ter construído-nas de volta. Também é verdade que dois agentes podem estar presentes, sendo assim, para cada um deles, o outro é parte do onde."

2 comentários:

  1. Confesso que não entendi muito o texto, mas achei bom! rsrsrrss

    ResponderExcluir
  2. Segunda pessoa que diz isso, Ka, :( mas lê com atenção, não é nada extraordinário. haha

    ResponderExcluir