18 de maio de 2010

Mundo

Num desânimo latente caminho pelas ruas procurando, em vão, me encontrar. Em cada beco, em cada porta, vou ver se é lá meu lugar. Minha Pasárgada está por aí. Vem da certeza, do olho que brilha, de um resto de esperança num sufocante mar de desapego. Mas a cada esquina virada, vai-se e, com o tempo, eu quase posso acreditar que ela não existe. Mas não ainda. Aos poucos vou assim, me desgrudando, na tentativa de achar o que eu sou fora do contexto-mundo. Que bobagem. Eu sou do mundo. Sou mundo puro.

4 comentários:

  1. Gosto muito quando os textos tem uma certa discordancia e no final existe essa aceitação. não que isso seja sempre bom, mas é como se encontrar...

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  2. Acho que eu sou uma pessoa meio confusa... hahaha

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  3. A continuidade da estrada nos remete a procura de nós mesmos. Junto de suas esquinas, os nossos fragmentos,

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  4. Eu faço minhas as palavras do Renan!

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