22 de novembro de 2010

A maior agonia

Olhe o relógio. É hora de ditar vontades.
Os ponteiros batem, eu vou me embora.
Meus pés doem e eu quero a minha cama.
Preciso comer alguma coisa. Decida-se logo.
Você sabe, amanhã eu trabalho,
então se você for demorar mais que meia hora,
me avise e eu vou-me embora.
Pelo menos, deixe-me saber se você vai responder
porque se não for, meu tempo é à toa.
Não franze a testa desse jeito e nem me olhe por baixo
Minhas mãos agarram o céu, eu te sinto perto.

-Eu te quero agora.

Que estraçalhem os relógios.

3 comentários:

  1. É triste quando o relógio tenta apressar nossos passos, quando o que a gente quer, na realidade, é que ele não nos apresse. Queremos, somente, que o tempo ande a nosso favor.

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  2. em geral uma das coisas que mais gosto em seu texto é o ritmo dele... se tivesse de escolher uma trilha pra esse poema eu escolheria strokes...
    enfim... o que sinto qdo leio aqui é mais ou menos o que sinto qdo ouço aquela guitarrinha frenética deles que acho que combina perfeitamente com essa vida corrida que a gente leva. mas assim além do rimto tem umas tiradas mto legais no texto, é que o ritmo qse sempre acaba chamando mais minha atenção

    :p

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  3. que sensibilidade, Nilo!
    concordo que a guitarrinha Strokes tem a ver com esse texto :)

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