8 de julho de 2010

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Não sei se foi só pelo efeito da neblina que nos envolvia e seguia vagarosamente por mar, mas quando te vi naquela noite, vi nosso futuro inteirinho em preto-e-branco indo, assim, na mesma direção da neblina, deitado ali entre as pedras sobre as quais você estava. Seu perfil contra a luz do luar, o cabelo bagunçado. Pude ver ainda o teu sorriso refletir a luz que vinha do céu e batia na água, no teu rosto e, por fim, no meu olhar. Todos brilhavam harmonicamente e nem se sabia mais quem refletia quem. Sabia-se apenas que ali acontecia um encontro com o qual eu nunca nem sequer havia sonhado, pois estávamos eu, tu e nosso destino, como sempre, mas desta vez ele seguia pro mar e, sendo assim, eu não podia ver seu final.

3 comentários:

  1. Uma imagem boa, essa. O mar é infinito e eterno!

    Beijos!

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  2. quantas sensações podem acontecer quando vemos uma pessoa especial...

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  3. é, fico tentando captar cada som, cheiro, movimento, gosto, palavra, não perder nadinha...

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