15 de julho de 2010

Saiam dos seus buracos

Não importa o quanto eu repita e repita, a lógica parece o caminho mais difícil a se traçar. Pelo menos é o que eles aparentam. Pegam seus créditos, culpam os sentimentos, a intuição, culpam energias que nem sequer fazem sentido, culpam Deus. Mas deus só culpam se a culpa for positiva. Porque médico nenhum cura a doença que deus te deu, de forma nenhuma. Pelo contrário. É sempre deus quem cura a doença dessa humanidade. Eu preferia não ir por aí, porque sei que te machuca, mas, você sabe, isso tudo o que você chama de luz, eu chamo de manipulação. E eu tento te ajudar. Não é arrogância a minha quando eu grito minhas verdades na sua cara. Já parou pra pensar que você grita as suas também? E ainda mais forte. Você é uma sociedade inteira.
Alienação é coisa de gente que já é fraca da cabeça, você repete todo dia durante o horário nobre. Todo dia. Eu não digo por insistência, não. Eu digo porque eu acredito. Eu acredito que sei algo que você não sabe. Tudo bem, eu sou arrogante - ótimo, tchau - mas talvez em alguns aspectos, só alguns, por alguns momentos, só alguns, eu esteja certa. De repente, as conversas podem não terminar em quem tem mais poder, mas em quem tem mais razão, como o que você sempre diz prezar.
Te usei de exemplo, te expus - me desculpe por isso. Você é só a personificação do que é um mundo inteiro. Talvez porque meu mundo seja aquele que você construiu, mas não é isso que vem ao caso agora. O que vem ao caso é que não adianta você (e por você, quero dizer todos) querer implantar os seus próprios valores no mundo e nem achar que você está certa em todos eles. Em alguns aspectos, só alguns, por alguns momentos, só alguns, você talvez esteja certa. Eu também.
Mas você sabe como é meu orgulho. Eu grito, eu faço barreiras contra as suas opiniões, mas eu paro. Eu paro e penso "Estarão certas?" e eu faço um julgamento sobre cada uma delas, até as que, a princípio, soaram extremamente absurdas. E é nesse julgamento que mora nossa diferença. É no meu parar e pensar que ela mora. Quantas vezes eu já não voltei a você, derrubando todas aquelas muralhas de orgulho, e disse que você estava certa?
Não estou sempre certa. Gostaria de estar, gostaria de ter certeza, mas gostaria mais ainda de poder descobrir cada uma dessas certezas por mim mesma, pelo ato maravilhoso que é o pensar. E não o duplipensar, não o católicopensar, não o demopensar, mas o egopensar. Sozinha. Por descobrir o que eu, indivíduo, penso.
Eu faço milhões de coisas erradas, mas essa, talvez só essa, por agora, talvez só por agora, esteja certa. Não quero que pensem como eu, mas que pensem. Pensem. Por mais arrogante que eu pareça agora.

"People, get out of your holes!" House

PS.: Centésimo post do blog \o/
PS2.: O que começou querendo ser sobre religião, terminou sendo sobre o mundo inteiro. Sou refém dessas palavras.

6 comentários:

  1. Perfeito, Mari! Não existe lógica, não existe certeza, nem presunção, nem arrogância. Existe aprendizado, e isso é constante. Estamos sempre em busca disso!

    Um beijo!

    ResponderExcluir
  2. mal posto e já tem você aqui! haha
    Brigada, Ka! Cada um no seu ritmo, e com o direito de achar-se certo e errado.

    ResponderExcluir
  3. Você realmente é especial!
    Te amo!
    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Ei! Parabéns pelo centésimo post do blog!!! :)

    ResponderExcluir
  5. Muito.. mas muito bom Mari!
    Esse texto foi.. foi... no ponto eu diria!
    Um beijo e parabens pelo post!

    ResponderExcluir
  6. Brigaada, gente *-*

    No ponto, Nica? Oba! E eu achando ele um pouco agressivo... :D

    ResponderExcluir