18 de setembro de 2010

Gramática

Frases sem verbos. Essas minhas. Pausadamente, como se fala. Ufa! Falar. Falar e bem mais que isso: escrever; e bem mais que isso: querer dizer, dizer. Pensar e, então, comunicar e observar reações e tirar conclusões e agir e reagir. Nessa vida ativa, com pessoas prenhes de movimento, prontas para parir situações a qualquer momento. Mas pare! Ponha-se a observar só o estático que já está(é?), que não se torna coisa alguma. E em torno de convenções, passam a ser aditivas, subordinadas, absolutas, conclusivas e blá. Puro blá-blá-blá. Basta falar? Basta entender? Ser entendido. Conforta? Conforma-se? Torna-nos sujeitos cheio de adjetivos e adquiridos somente pelo verbos 'ter' e 'parecer'. Viramos todos amigos do silêncio, amigos do nada, do pouco, do raso. Não é bem justo.
Acho que as frases, todas elas existem em algum lugar e todas as combinações já existem e são estáticas. Talvez textos até, livros e livros e até Bomdias ditos sem notar. Não são minhas, nem suas. São nossas, existem. O problema é que ela vem e as destroi todas com a simplicidade - mas sem a beleza - de quem faz uma rima. Gramática.

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