14 de setembro de 2010

Mariana

Mari:
assim, a metade
faz todo mundo me conhecer
e traz tal proximidade
que nem sequer a falta de informações
ou a falta de tempo
poderiam contrariar.

Mas saibam vós
que a metade não é falsa
essa partezinha de mim que vem primeiro
Mostra um pouco, tanto quanto omite
o que traria o nome todo.

E eu não sei, mas acho
que enquanto nessa célula moram
simpatia, força, inteligência e medos.
No "ana" ficam ali alojadinhos,
minhas maldades, verdades e meus defeitos profundos.

E quem diz, assim, 'Mariana'
convoca todo o meu ser à tona.
Chama meus demônios mais horríveis
mais raivosos e absurdos.
E chama, também, meus amores,
chama meu sorriso e meu ver.

Quem me ama, então, há de amar "Mariana".
Há de amar o todo.
Há de amar a beleza dos defeitos em constraste
com as qualidades.
Há de amar isso.
Isso aqui que sou eu.

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