21 de outubro de 2010

Abraços

Já escrevi teus sorrisos
Teus mimos, teus olhos
Teus gritos que choro
Teu jeito de ser

O papel está completo
Repleto, decerto
De ti, de tão perto
Do que eu pensei

Então, falarei dos longíquos
Abraços oblíquos
Lindos, oníricos
Que eu ouso te dar

Cantarei nossas tardes
E o alarde que trazes
Esse mar de lilases
Que é poder te tocar

De tal modo que o meu,
ao passo que é seu
já que a vida te deu,
coração venha a bater.

E é nesse ritmo
Tão nosso e tão íntimo
Que o vão fica ínfimo
Entre teu corpo e o meu

Até que se tornem
Teu nome e meu nome
Um terceiro homem
Que chamo de amor

E até que teus braços
Querendo meus laços
Siga em passos
A caminho dos meus

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