11 de outubro de 2010

Sério

-As palavras de antes não mais me servem. As pessoas param no tempo e me desinteressam. Quero nunca parar. Cada passo é um suspiro, é um olhar, cada passo diminui a distância entre eu e aquilo que eu nem sei o que é, mas que tenho certeza: quero. São experiências e experiências e eu vou acabar nunca chegando.
-Eu brinco de pensar e nem sequer levo a sério. Eu brinco de viver e não levo a sério. Eu brinco de brincar e brincar. E nem isso é sério. Vem tudo seguido de uma risadinha como a de quem pede aprovação. E a cada passo eu peço. Eu grito. Choro. Finjo. Na falta de fonte, em vez de criar, copio. Em vez de pensar, falo. Em vez de viver, brinco. E nem isso é sério.
-E o que você quer?
-Nem sei.

4 comentários:

  1. te encontrei no banheiro do centro cultural vergueiro

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  2. Mari, o segredo é nunca parar e nunca se levar a sério demais ou as coisas a sério demais. :)

    Beijo!

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  3. acho que tu não sabes, mas qdo brinca é que tu mais vives, mesmo sem saber.

    :p

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  4. Manuela, não sabe como eu ri! E gostei, lógico. A divulgação, então, funcionou? Eu jurava que logo seria limpado de lá. Obrigada pelo trabalho de anotar e vir conferir! Volte sempre!

    Ka, e nem a sério de menos.

    Nilo, isso quando você leva a sua brincadeira a sério, como vida mesmo. Tem gente que nem isso...

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