12 de abril de 2010

Amado Léo,


Por favor, não me entenda mal em momento algum. Se te escrevo é por medo de contar cara-a-cara e pela apreensão de que seja dito.
Eu sei que foi muito lindo tudo aquilo que passou. Sei de todo o sentimento que tomava nossos corpos. Sei o quão reais eram os sorrisos e sei que ao mínimo farfalhar da sua alma eu viria correndo.
Mas o tempo muda tudo.
Não chore, não. Se você chorar me sentirei mais culpada ainda, e nunca conseguirei seguir com essa minha ideia de acabarmos. Não chore. Pensa em tudo de bom que a gente passou até agora, pensa naquelas tardes todas nesse nosso constante aconchego, pensa nas risadas, pensa nos filmes todos que dividimos, pensa no que há de bom pra se pensar. Quando acaba, é isso que a gente tem que fazer: pensar, lembrar, sentir saudade e entender que pode não ser como era antes.
Não chore. Esconda o pranto num sorriso. Chegou a hora: vou dizer-te adeus.
Enfim: o fato é que nós dois não dá mais, mas, ainda sim, penso com saudade e com um imenso sorriso no rosto no que o tempo não trás mais.
O Léo de antes ainda me faz suspirar. Se o vir por aí, mande-o ligar para mim.

Beijos,
Luiza

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Esconda o pranto num sorriso
Chegou a hora
Vou dizer-te adeus. (Takai)

PS.: Só fui perceber a semelhança entre Léo e Téo depois do texto pronto, desculpem. haha

5 comentários:

  1. nem tão semelhante assim...
    ah, gostei mais do Téo!

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  2. Eu gosto mais do Léo!

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  3. Não, só o nome é parecido. :D

    Prefiro o Téo também!

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  4. Também tenho uma carta para um Leo... uma das cartas extraviadas... o que me incomoda é que no momento que há a solicitação de que não seja mal entendida em momento algum, já pressupõe o mal entendimento. Isso é fatal.

    A carta existe para tradizir, não para camuflar.

    Beijo

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  5. É que a apreensão é tanta que eufemismo nenhum esconderia...

    não querendo justificar, mas já justificando. haha

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