2 de abril de 2010

Afinal, eu não te amo

[...] Não, eu não te amo. Eu amo meu pai, eu amo minha mãe e meu cachorro. Eu os amo. Eu já tive um namorado, eu o amava, e posso afirmar, com propriedade, que é bem diferente. Eu não te amo. Todos aqueles olhares, tu estavas errado, interpretastes mal. Eu não te amo. Aff, como se fosse proibido olhar pra alguém... És patetico e eu não te amo. Não, eu não quis te ofender, gosto muito de ti, mas somos grandes amigos e nada mais, ok? O quê? Pára de rir! Não é engraçado! Eu sei que fico verborrágica quando estou nervos... digo, digo, nessas situações. Se bem que essa [e uma situação normal, né? Digo, por que não seria? Afinal, estamos nós dois aqui... e somos grandes amigos, certo? Eu não te amo... então, não é uma situação embaraçosa nem nada, não há nervosismo. Só porque entras aqui e trazes teu sorriso (que acho lindo, apesar de não te amar) e dizes tuas palavras igualmente lindas, não quer dizer que eu deva gostar mais de ti. Mas gosto muito, não se preocupe. Todavia não te amo. Quero dizer, só porque esses elogios me fazem bem não quer dizer que te amo, não é mesmo? Eu não te amo. Vou continuar sentada e esperar que o garçom traga-me uma xícara de chá, como pedi, senão vou acabar falando besteiras. Ei, não sorria!! Cadê o garçom? Não sorria! Que sorriso sabido é esse? Eu não te amo!
-Tu odeias chá.
-Eu te amo.

2 comentários:

  1. É isso aí! Quanto mais a gente nega, mais a gente sente de verdade, mais a gente não quer reconhecer a verdade!

    Beijo,
    Kamila

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  2. "Quem desdenha quer comprar", como diria um amigo meu. haha

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